Na capital do cinza
Hora marcada, momento esperado
Corações sempre abertos
Abraços sempre apertados
Por entre asfalto, concreto e ferro
Eis que brota a flor do cerrado
E com ela traz cores que distraem
Nosso cotidiano sempre apressado
Uma cerveja sobre a mesa
E agora, quem é o culpado?
De certo é o meu afeto
Que me abraça por completo
E me deixa bobo,assim, apaixonado
A cidade acesa,
As pessoas apressadas,
Aqui uma família de amor em palavras expressadas.
De quem é a culpa? Eu não sei, mas todos somos cúmplices, 
De um crime perfeito ;
O amor superou as distâncias , unindo-nos no mesmo eixo
A mesma distância que me separou
Da presença física desejada,
Mas o calor se dissipou 
E chegou aqui na fazenda,
Fazendo sentir o amor compartilhado, 
Desse encontro de frutos abençoados
Cada um com sua individualidade
Sua experiência, sua personalidade
Mas todos frutos, frutificados, multiplicados
Da mesma semente germinados
Brotados do mesmo solo
Regados de amor
Colhidos em poesia
Pessoas do sim, do não, firmando a humanidade na contradição, amando o que não viu, mas buscando a semelhança, naquela ingenuidade nascida na época de criança e assim regando cada canto, da personalidade esquecida e fazendo nascer o fruto de uma árvore outrora perdida