Por Cheiene Damázio Uggioni para coluna Frutos da Poesia®
Estou cansada! Depois de um dia de trabalho, finalmente cheguei em casa. Os alunos esgotam minhas energias. Mas recarrego-as na cozinha. Atividades em casa nunca faltam. Coloquei algumas roupas na secadora, chove há uma semana. Bati um bolo de cenoura e coloquei para assar. Voltei à lavanderia: recolhi, passei e dobrei algumas roupas e toalhas de banho. Ao finalizar, subi de volta para a cozinha e ainda na metade da escada, comecei a sentir aquele aroma do bolo assando e lembrei que minha filha e marido logo chegariam.
Num lapso de tempo recordei-me das vezes em que vi minha filha entrando pelo portão e gritando "que cheiro maravilhoso é esse?". E eu feliz, sentindo que todo esse trabalho, só pela sua satisfação, já valia a pena.
Chegando ao final da escada, entrei pela cozinha e o forno apitou. O bolo estava pronto. Aquela fração de tempo me fez pensar o quão bom será para minha filha, se já na vida adulta puder lembrar do cheiro do bolo ao saltar do ônibus, do aroma de café quentinho espalhado pela casa. E que depois da tarde de estudos sempre me encontrava em casa a aguardando com a mesa posta para um café e uma conversa.
Em meio aos pensamentos, desliguei o forno e arrumei a mesa. O ônibus da escola chegou, e lá vem ela sorrindo. E você o que preparou para seus filhos? Que memórias deixará?
Jana querida. Muito obrigada pelo incentivo de sempre. Meu coração se alegra em poder compartilhar dessas leituras contigo.
Chei, isso me fez parar para pensar. Lembro exatamente de chegar da escola e sentir o cheiro de bolinho de carne que minha mãe fazia, e realmente isso fica marcado como cheiro de casa, de lar. Como será que meus filhos vão lembrar dos cheiros de casa? É realmente algo para se pensar em construir. Maravilhoso, Chei. Obrigada pelo texto em nosso site.