Por Fernando Douglas, para a coluna Escritos de um Fernando - 23/07/2021
O Brasil facilmente poderia ser comparado aos muitos países da América Central, da África e de outros cantos do globo em que os índices que medem o nível de educação da sua população são baixíssimos, consequentemente, os que medem o estímulo a leitura.
Embora haja na LDB (Lei de Diretrizes Básicas) da educação e nos diversos documentos oficiais, os governos que passaram desde o início da república apenas privilegiaram as famílias que tinham posses, o que restringiu o acesso da maioria da população a uma educação de qualidade, uma vez que funcionaria como um ponto de partida para a adoção de tal hábito. Principalmente na época da Ditadura, um período em que o mundo passava pela Guerra Fria e sob a tutela dos Estados Unidos para combater o “avanço soviético”, os militares controlavam tudo o que era produzido através da lei da imprensa; da censura prévia; da autocensura e de outros instrumentos criados para prevenir que os ideais da socialismo soviético contaminassem a mente da população.
Um outro fator a ser considerado são as dimensões continentais desse país, que por conta disso, as redes de ensino estaduais e federais não conseguem contemplar toda a população, de modo que precisam ingressar no mercado de trabalho desde cedo para prover o sustento para as suas famílias, interrompendo a sua jornada na sala de aula e dessa forma, o acesso as oportunidades a melhores postos se avançassem nessa trilha.
Assim, quando adquirimos o gosto pela literatura, principalmente na adolescência e descobrimos que temos a habilidade para a escrita, não recebemos o apoio dos nossos pais, familiares e amigos. Uma vez que entendem que tal hobby não leva a lugar nenhum, desviando-o do caminho ao qual idealizaram, consistindo assim no ingresso em tal mercado e a conquista de um posto ao qual lhe renda um bom dinheiro, diferentemente de quem teve uma boa educação e exercitou a leitura, por conseguinte, acaba conseguindo enxergar o talento nesses escritos.
Fernando, professor de inglês, sergipano de 30 anos, descobriu na adolescência a necessidade de transcrever ideias que apareceram e dessa forma escreveu os seus primeiros versos, mas só depois de anos ingressou no Instagram, com um perfil de textos, onde recebeu o convite para ser membro de uma comunidade poética, a qual lhe proporcionou um importante aprendizado e várias oportunidades, uma das quais lhe permitiu a participação numa antologia poética.
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