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Por Martins Silva, resenhista da Editora Frutificando - 22/10/2021
SINOPSE
O livro fala sobre os amores ou desamores? Sobre ficar ou ir? Quem é mais importante: eu ou outro? Minha sanidade mental ou essa relação? Assim eu resumiria este livro, mas no fundo, ele chega a ser bem mais que isso, nos fazendo ver as camadas que o autor quer nos mostrar, do ser humano, das relações, de como é difícil alcançar o amor-próprio em meio as tragédias.
RESENHA
Devo dar alguns pareceres, antes de mesmo de começar, o primeiro é que não vou poder falar "como diria Jack o estripador: vamos por partes", até porque, este livro não é separado por capítulos. Segundo, apesar de não ter uma pretensão maior do que simplesmente te fazer sentir algo e te prender no livro, por conta disso ele se sai muito bem.
Então vamos começar.
Saiba que não existem ganchos no fim dos textos, para te deixar curioso para o próximo. Aqui não há nada além do sentimento e imersão que te mantém preso, por vezes é um sentimento de liberdade, em outras é um nó na garganta ao lembrar de alguém ou situação.
Como eu costumo dizer sobre o ser humano: "Somos ruínas dançando por aí sobre outras ruínas." E nessa obra, isso fica bem evidente pra nós, nos fazendo notar a destruição a nossa volta, a cada fim de ralação e que apesar dela, ainda devemos continuar com nossa vida.
Não sou muito chegado à cebolas, mas diria que esse livro é uma, devido às camadas de profundidade que ele tem, algumas mais viscerais que outras.
As artes que acompanham cada texto são muito boas, acho que o único contra é elas existirem em textos realmente maiores, porque textos maiores não precisam de complementos, e acho que a arte visual em textos serve exatamente para isso, para complementar. Com textos menores, ao meu ver, vale a pena por uma arte para o leitor ter uma jornada visual, e assim complementar a experiência. Mas claro, isso é coisa minha.
Do lixo ao céu, do inferno ao paraíso, de todo o barulho que existe na terra a todo silêncio que existe no espaço... Esse livro não é somente uma montanha russa de sentimentos, ou um trem em nossa cabeça... ele é um elevador que nos leva do fundo do poço ao mais alto que conseguimos ir com a cabeça entre as nuvens...
⭐⭐⭐⭐⭐
Apesar de achar que a arte peca em um único ponto já citado, isso não atrapalha em nada a experiência que o livro oferece, que é uma experiência bem visceral e profunda no íntimo do autor, Júnio Souza. De linguagem simples e limpa, este livro acaba surpreendendo quem o lê. Por isso merece as cinco estrelas.
MARTINS SILVA
Resenhista Frutificando
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