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Por Martins Silva, resenhista da Editora Frutificando Livros - 08/09/2021
SINOPSE
Acredito que todo artista, cantor, músico, escritor... carrega coragem de sobra no peito, por se despir e expor isso ao mundo em forma de arte. Nada Além da Existência é um ato de coragem, com dores profundas de um coração partido há muito tempo, seja por amor, amizades que se foram, momentos dos quais não é possível regressar até eles. A obra conta histórias pessoais do próprio autor, cuja escrita lembra muito, mas muito mesmo a de Caio Fernando Abreu. Passando por tardezinhas tranquilas à madrugadas de boemia, cada texto faz você enxergar da ótica de quem o escreveu, isso te faz vivenciar momentos de perdas amorosas...
RESENHA
Nada Além da Existência é um livro bastante interessante por sua escrita, sua liberdade e pela imersão que faz com que o leitor veja tudo da ótica do autor, o que é muito bom.
O livro tem quatro capítulos, que aqui eu chamarei de quatro atos. Então, como diria Jack, O Estripador... Vamos por partes (senti saudade de falar isso.😅).
O primeiro ato desta obra contém nove textos, nos quais fala sobre o seu relacionamento amoroso, de sua incapacidade em não notar certas coisas, não demonstrar outras, quando deveria. E o interessante aqui, é que de fato a gente se vê nisso, sabe? Depois que tudo se vai, a gente passa a notar esses momentos que passaram, onde poderíamos ter sido mais e não fomos. Mas o autor não fala somente disto, fala da pós-perda também e principalmente da sua "superação". (Quem quiser saber o porquê da palavra estar entre aspas, sugiro que compre o livro para descobrir.👀)
O segundo ato fala do mistério e misticismo que existe em cada um de nós, contendo quatro textos muito bem escritos e de linguagem simples. Creio que depois dos acontecimentos do primeiro ato, o autor apenas se deixou ser cativado por coisas novas e até mesmo hediondas, e eu particularmente acho bem legal isso, sabe? Se deixar ser esponja pra absorver coisas diferentes, para transmitir elas adiante.
No terceiro ato, ele sana uma dúvida que fica após o final do segundo ato, que ao meu ver foi a seguinte "ele realmente superou mesmo aquele amor?" Sim, deixa essa dúvida, e é legal ver ele abordar meio que indiretamente isso aqui, contendo quatro textos falando sobre a melancolia de ser, das dificuldades nas despedidas, em suas noites de boemia, nos fazendo achar que tudo isso pode acabar com alguém, sendo que, aqui, a única intenção é ficar bem.
O quarto e último ato é uma resposta aos três primeiros atos. O autor para de nos bater, nos abraça, senta com a gente e fala um pouco de arte e amor-próprio. Você já deve achar que uma coisa não tem nada a ver com a outra, né? Eu também achava isso até ler este último ato. Apesar de ser o último ato, contar com seis textos muito bons, ele não deixa o fim do livro com um ar de despedida. Na verdade, deixa com uma dúvida: será que vai ter continuação?
⭐⭐⭐⭐⭐
Vale demais cinco estrelas. Houve um excelente uso do eu lírico, da liberdade poética, sendo profundo mas ainda assim contendo uma linguagem mais simples. Recomendo muito!
MARTINS SILVA
Resenhista Frutificando
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Deu para sentir a conexão da leitura. 👏👏👏👏
Adoro esse livro e amei a resenha, Martins. Pedro tem uma intensidade filosófica muito forte, que misturada à poesia faz com que não queiramos parar de ler. Recomendo muito tbm. Adoro suas resenhas, Martins. Queria de todos os livros kkkk