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Resenha do livro "No Fim dos Contos - Onde Mora a Moral?"

Por Luana Jardim - Resenhista da Editora Frutificando Livros - 14/07/2021



SINOPSE


Richard Zajaczkowski, em sua obra “No Fim dos Contos - Onde Mora a Moral?”, convida-nos a refletir a respeito de diversos temas acerca da índole humana, dentre eles, por exemplo, estão a educação, o bem e o mal, a política, o certo e o errado, a amizade, a competitividade, o individualismo, os pecados capitais, os legados e os sonhos. Para tanto, o autor embasa-se e inspira-se em personalidades atemporais que enriquecem ainda mais os questionamentos levantados, tais como Paulo Coelho, Pascal, Confúcio, Da Vinci, Epicuro, Lacordaire, Sócrates e outros.

Com pouco mais de 60 capítulos curtos e fomentadores, nos quais variados contos são apresentados de maneira elucidativa, o livro é capaz de provocar distintas emoções, desde o marejar dos olhos, causado por uma linda cena, até o desgosto, por evidenciar algumas vertentes revoltantes do ser humano. A leitura é fluida, porém, melhor apreciada se for absorvida com calma. Em minha opinião, um bom e típico livro de cabeceira.


RESENHA


Richard fornece ao leitor um prato cheio de citações deleitáveis, mesmo ao abordar assuntos aflitivos. Então, selecionei algumas delas e as organizei em tópicos, com a intenção de explicitar nesta resenha como são as reflexões contidas no livro.

Começando pelas lições valiosas que podem ser aprendidas, ainda que as circunstâncias não sejam as mais favoráveis:


Ao espalharmos rosetas pelo caminho, estamos sujeitos a pisoteá-las e machucar os pés com os espinhos.” (Pág. 9)


”A decepção é normalmente o preço da preguiça.” (Pág. 16)


”Diante da ignorância, da estupidez, da teimosia e da falta de bom senso, nenhum raciocínio esclarecedor prevalece.” (Pág. 25)


“A gentileza e a amizade são sempre mais fortes que a fúria e a força.” (Pág. 28)


“Quando você não compara, toda a inferioridade e superioridade desaparecem. Você é o que é e simplesmente existe.” (Pág. 51)


O autor relata-nos em abundância sobre a essência do ser humano e do sentido de viver. Faz-nos refletir a respeito de questões que, mesmo de cunho comum, são delicadas e indefinidamente amplas:


”Aqueles que escolhem estar em paz devem fazer com que seus vizinhos estejam em paz. Aqueles que querem viver bem têm de ajudar os outros para que vivam bem. [...] Se formos cultivar milho bom, temos de ajudar nossos vizinhos a cultivar milho bom.” (Pág. 19)


“Quando as pessoas tentam provar que são mais fortes do que outras, seja física ou intelectualmente, já se instalou nelas, o processo da decadência da alma, com sentimentos maléficos em supremacia aos sentimentos de bondade.” (Pág. 28)


“Essa sofreguidão para provar que é o mais forte ou mais veloz, só torna o ser humano cada vez mais ridículo. Pois quem foi campeão hoje, cedo ou tarde terá seu recorde batido e todas suas glórias cedidas ao novo vencedor. Sempre haverá alguém melhor do que nós.” (Pág. 50)


“Se déssemos mais valor a nós mesmos, por certo negaríamos apoio a manifestações que chamam de moda, e outras atitudes desonrosas de alguns segmentos societários, que se aproveitam das classes pouco afeitas ao uso do raciocínio, para imporem suas vontades e sempre motivados por interesses econômicos.” (Pág. 100)


“Felizes e agraciadas são aquelas pessoas que podem passar seu tempo com as crianças... Instruindo-as, orientando-as no sentido de torná-las pessoas física e mentalmente sadias, conscientes de seus deveres e obrigações, respeitando e sendo respeitadas.” (Pág. 127)


O autor, ainda, de forma sutil e entrelaçada aos contos, distribui alguns conselhos durante as páginas de sua análise:


"Tudo o que vem a nós será apenas para fortalecer a nossa boa vontade de crescer espiritualmente.” (Pág. 12)


“A verdade é que falar sempre foi fácil; o cumprimento daquilo que falamos se torna penoso.” (Pág. 48)


“Em vez de ficar amaldiçoando o lugar onde caiu, devia procurar aquilo que o fez escorregar.” (Pág. 61)


“Os olhos veem aquilo que a mente interesseira quer, e não o que o coração precisa.” (Pág. 72)


“Somente a verdadeira humildade é o caminho para desenvolver-se a intuição.” (Pág. 87)


”Não devemos permitir que o mundo exterior desorganize o altar do mundo interior.” (Pág. 140)


“Não existem cidades boas ou ruins para viver, mas existem sim, pessoas boas ou ruins.” (Pág. 166)


“Julgamentos precipitados põem em risco não apenas a nossa reputação, às vezes, a carreira e a própria vida.” (Pág. 199)


Richard também propõe pontos de vista instigantes que convidam-nos a olhar as mais diversas situações por outro ângulo:


“Os verdadeiros feitos permanecem gravados invisíveis; aqueles que podemos ver, o tempo os dilui e os enferruja.” (Pág. 91)


“Paz não é aquilo que encontramos em um lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho duro, mas o que permite manter a calma em nosso coração, mesmo no meio das situações mais adversas. Esse é o verdadeiro e único significado da paz.” (Pág. 140)


“Em geral nos condicionamos a pensar que nossas vidas giram em torno de grandes momentos. Todavia, os grandes momentos frequentemente nos pegam desprevenidos e ficam guardados em recantos que quase todo mundo considera sem importância. Quando nos damos conta... Já passou.” (Pág. 146)

Por fim, Richard parece querer nos abraçar, quase como se o equilíbrio de suas propostas reflexivas fossem obrigatórias, quase como se um raio de sol surgisse após a tempestade:


“Tudo é necessário e tudo se encaixa. É uma unidade orgânica: ninguém é mais alto ou mais baixo, ninguém é superior ou inferior. Cada um é incomparavelmente único. Você é necessário e basta. Na natureza, tamanho não é diferença. Tudo é expressão igual, de vida.” (Pág. 52)


“Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente, e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para meu crescimento. Hoje chamo isso de AMADURECIMENTO.” (Pág. 109)


“Somos todos viajantes no tempo, e o futuro de cada um de nós está escrito no passado. Ou seja, cada um encontra na vida, exatamente aquilo que traz dentro de si mesmo. O ambiente, o presente e o futuro somos nós que criamos, e isso só depende de nós mesmos.” (Pág. 167)

Ademais, essa obra é indicada para aquelas pessoas que possuem a mente aberta e gostam de expandir os pensamentos em uma conversa amigável. Indico, ainda, para aquelas que procuram inspiração nos pequenos momentos da vida e nos gestos simples. Para finalizar, parabenizo o autor, Richard Zajaczkowski, pela publicação.

 

⭐⭐⭐⭐ - Para este livro dou 4 estrelas e deixo minhas últimas impressões a respeito da experiência de ler “No Fim dos Contos - Onde Mora a Moral?”: todos nós possuímos o potencial inato de sermos seres bons, basta limparmos os olhos da alma que estão sempre sendo sujos pelas intenções equivocadas de impunição.

 

LUANA JARDIM

Resenhista da Editora Frutificando Livros


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