A arte na linha de frente

Por Manoel Roberto de Lima

Para a coluna As Letras do Poeta Amazônico - 13/09/2021

A arte sempre foi instrumento de luta contra os regimes políticos autoritários e violentos pelo mundo. A música, a poesia deram voz aos gritos dos oprimidos. O poder de resistência dos artísticas sempre marcaram profundamente a história de países como Brasil e Argentina.

No período das ditaduras na América Latina, diversos poetas e músicos fizeram frente aos militares, defendendo a democracia, requerendo o poder de volta às mãos do povo, pelo fim repressão e da censura. Houve muitos que morreram, outros foram exilados e grande parte sofreu tortura. Mas a arte nunca deixou de militar, arte sempre resistiu em nome da liberdade, dos direitos de todos.

Nos tempos atuais, o Brasil vive um (des)governo inclinado ao fascismo, que cruzou os braços deixando quase 600 mil pessoas mortas pela Covid-19, o presidente é contra a cultura, a ciência, ataca a democracia, incita o ódio e o preconceito. Mas arte resiste! Poetas, cantores gritam palavras de ordem. Entre nomes consagrados e amantes da escrita que postam seus trabalhos nas redes sociais, lê-se belíssimos poemas, prosas poéticas, ouve-se canções defendo o regime democrático de direito.

A arte sempre esteve na linha de frente, é porta-voz do povo, feita do povo para povo. Não se pode ter artistas que esquecem do seu papel social, nós somos parte da sociedade, temos que estar junto dos menos favorecidos. Antes de encantar, a arte deve lutar!

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Manoel Roberto: Poeta e professor de História em formação, natural de Pauini – Amazonas. Publicou poemas em quatro antologias. Foi campeão dois anos seguidos do Concurso de Poesia da Feira do Livro, organizado pela Biblioteca Municipal de Tefé, em 2018 e 2019. É um amante da natureza, filho das águas barrentas e vivas do Rio Purus. Divulga sua arte através do Instagram, no perfil @poeta_manoel.

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